segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Sentada na varanda de ladrilhos gastos,Lia pensava nos amores que esfriaram como seu café... Como conseguiu colecionar um álbum com tantas figurinhas? e porque algumas pareciam ter valido tão mais que as outras? A colherinha descansava no café... frio... doce de arrepiar. No final do dia, das horas, dos gestos e silencios fica a ternura. Nem o amor, nem as lembranças, nem o passado... apenas a ternura de retratos que nunca voltam, nem vão voltar. Lia sorri... e segue seus dias.Sem mais figurinhas... o álbum está completo.

domingo, 2 de setembro de 2012

silêncios meus...

Entendi quase que em susto que eu posso sim costurar minha felicidade. Cada ponto uma escolha, cada furo no dedo,um degrau a mais. Parei... parei pra agradecer pelas minhas raladas de joelho... caramba! foram muitas que perdi a conta de quantas casquinhas se criaram e quantas eu teimei em arrancar por falta de paciencia.Curar leva tempo... as vezes uma vida inteira. E é preciso aceitar que as lágrimas vão cair sem controle em alguns dias, mas que no final das contas, os sorrisos devem prevalecer no rosto. Somos todos soldados da resistencia... ao nosso modo. "Cada um é forte do seu jeito".Qual será o meu? Venho tentando acertar... venho tentando descobrir. Achar que somos especiais por conta das nossas experiencias dolorosas é pura ingenuidade.Nos tornamos especiais quando decidimos ver que fazemos parte de algo muito maior e que a dor só tem serventia se presta pra dar esperança para quem chora logo ao lado, por quem esta sem vontade de continuar a lutar, se inspirar alguém a fazer o bem. A dor, o sofrimento deve gerar humildade.Porque somos todos sim; parte de uma grande trama, que vem sendo tecida ao longo do tempo por mãos invisíveis e ágeis... mãos de quem sorri e silencio e meneia a cabeça em mistério. Quero aprender a calar minhas lamúrias... a escutar a batida do meu coração e entender: se ele bate, ainda há tempo de aprender...

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Estou cansada do efeito que a sinceridade causa...
Se sentir de verdade as coisas traz catástrofes miudas e olhar esguio na sacola, acho que vou deixar para lá essa coisa de "dizer tudo nos minusculos detalhes".
Será mesmo que vale a pena soltar os pensamentos e deixar com eles minhas minutas:?
Não sei... hoje me peguei pensando no vazio que fica na boca quando se solta todas as coisas(feias ou bonitas) que habitam naquele quartinho no final do corredor do lado esquerdo do peito.
Ainda pesando: vale mais a "falsa alegria" ou a infelicidade "forçada"? joguem os dados...